sábado, 22 de setembro de 2012
"O analfabeto político"
“ O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não houve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do aluguel, dependem de decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto “( Texto de Bertolt Brechet - Poeta e dramaturgo alemão – ( 1.898 / 1.956 )
domingo, 22 de julho de 2012
Para além da discriminação racial: MULHERES negras que mais se destacaram na história!
Os intelectuais negros e o movimento negro vem tentando resgatar os valores e o direito à igualdade para a população negra, fatores que a história oficial tem negado a este grupo, trata-se de uma luta contra o preconceito racial e todas as suas consequências, mesmo com a consciência do quanto é difícil combater esse mal.
Em meio à trajetória de luta contra a discriminação, escravidão e as diferentes formas de exclusão, encontramos a peleja da mulher negra que sofre duplamente a exclusão e o preconceito.
Neste contexto de lutas pela igualdade racial, grandes mulheres negras se destacaram e é digno ressaltar algumas mulheres que apesar do sofrimento não deixaram de buscar oportunidades de crescimento e nem abriram mão de seus direitos. Diante disto, escolhi entre tantas mulheres, algumas para homenageá-las em virtude de sua admirável coragem.
ANTONIETA DE BARROS: Nasceu em Florianópolis em 1901, foi uma jornalista e política brasileira. Antonieta está entre as pioneiras que lutaram pela conquista do direito ao voto feminino. Normalista, fundou em 1922 o curso “Antonieta de Barros”, com o objetivo de combater o analfabetismo, segundo ela, “impedindo de gente ser gente”. Também jornalista e escritora, foi a primeira mulher negra eleita para a Assembléia Legislativa de seu estado.
AUTA DE SOUZA: Auta de Souza nasceu no Rio Grande do Norte, foi uma poetisa brasileira da segunda geração romântica, considerada a maior poetisa mística do Brasil. Versejando em português e francês, Auta passou a colaborar na melhor imprensa de seu estado antes de completar 20 anos. Seu livro, O Horto, publicado em 1901, prefaciado por Olavo Bilac, foi elogiado pela crítica e lido com avidez tanto por intelectuais como pelo povo, que passou a repetir muitos de seus versos sob a forma de cantigas. Foi considerada a mais alta expressão do nosso misticismo.
CHIQUINHA GONZAGA: Chiquinha Gonzaga foi uma compositora, pianista e regente brasileira. Primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca (Ô Abre Alas, 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Durante a sua vida, musicou aproximadamente 77 peças de teatro. Sua obra reúne mais de 2.000 composições. Participou ativamente na luta pelo direito autoral e participou da campanha abolicionista, atitudes que a tornaram alvo dos preconceituosos da época. Chiquinha morreu em 1935.
ENEDINA ALVES MARQUES: Mulher negra e pobre. Integrante da galeria oficial de paranaenses ilustres, como a primeira mulher do estado a formar-se em Engenharia e a exercer com destaque a profissão. No início de sua carreira foi do quadro de funcionários da secretaria de Viação e Obras Públicas, onde atuou como engenharia fiscal de obras dos estado do Paraná; foi chefe da seção de hidráulica; chefe de divisão de estatística; chefe do serviço de engenharia da secretaria de educação e cultura. Falecida no dia 20 de agosto de 1981, a engenheira empresta o nome ao Instituto de Mulheres Negras de Maringá
LÉLIA GONZALEZ: Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte-MG, foi uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira. Histórica no movimento feminista brasileiro, por sua luta no combate à violência contra a mulher, notadamente a violência sexual e doméstica. Lélia Gonzalez é fundadora (juntamente com outras/outros companheiras/os) do Movimento Negro Unificado (MNU); do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ)); do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras; do Olodum (Salvador). Participou da primeira composição do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), de 1985 a 1989.
LUÍSA MAHIN: Nascida na Costa da Mina, na África, Luísa foi princesa na África e veio para a Bahia como escrava e se tornou líder da revolta dos Malês(1835). Inteligente e rebelde, sua casa tornou-se quartel general das principais revoltas negras que ocorreram em Salvador em meados do século XIX. Luiz Gama, seu filho, abolucionista, herdeiro de sua coragem e luta pela liberdade, escreveu sobre a mãe: “sou filho natural de uma negra africana, livre, da nação nagô, de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã”.
LUISLINDA DIAS VALOIS SANTOS: Primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil e Nomeada desembargadora do tribunal de Justiça da Bahia. Escritora, lança livro sobre o negro. Foi a primeira juíza a proferir sentença contra o racismo. Luislinda já foi vítima de preconceito no exercício da magistratura.
MARIA BRANDÃO DOS REIS: Nascida na Chapada Diamantina(MG), foi grande liderança popular na Bahia. Militante do Partido Comunista por influência da Coluna Prestes. Teve destacada atuação na “Campanha pela Paz”, organizada pelo PCB em 1950. Obteve o prêmio de Campeã da Paz, que lhe valeu o direito de ir a Moscou receber a medalha da Paz. Isso não se deu porque foi preterida por um jovem intelectual, que ali se embriagou e caiu no rio Volga. Maria Brandão jamais perdoou o partido Comunista pelo desrespeito e indiferença declarando: “Sou preta e ignorante, mas esse papelão eu não faria”.
MARIA FIRMINA DOS REIS: Nasceu em São luis-MA em 1825. Era negra e bastarda, porém, rompeu com o sistema vigente e estudou até ser professora. É considerada a primeira romancista brasileira. Seu livro Úrsula é de 1859 e pode ser também considerado o primeiro romance abolucionista escrito por uma brasileira. Foi a responsável pelo hino da abolição da escravatura.
ROSA PARKS: Rosa Parks nasceu em 4 de fevereiro de 1913 em Tuskegee (EUA). Foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos EUA. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o estopim do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista. Rosa Parks era símbolo do movimento liderado por Martin Luther King Jr. e fazia parte da NAACP, uma das mais respeitadas e antigas organizações na luta pela igualdade racial nos EUA.
SUELI CARNEIRO: Doutora em Educação, Feminista e Diretora do Instituto da Mulher Negra- Geledés, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo. Criou o único programa brasileiro de orientação na área de saúde específico para mulheres negras. Sueli Carneio faz parte do Comitê Programático da ação conjunta. Criou o projeto Rappers, que protege jovens da periferia de agressão policial e multiplica a consciência de cidadania.
Com a história de cada uma dessas mulheres negras, percebemos que esta luta ultrapassou os limites da batalha anti racista, levando-as a enfrentar os dilemas da discriminação voltada ao sexo feminino, em uma sociedade predominantemente machista e racista.
"A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova."
(Léon Tolstoi)
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra."(Bob Marley)
Ana Paula Thomaz Pina
NEIAB - UEM
quinta-feira, 5 de abril de 2012
"Páscoa Cristã", uma incoerência!

"Cada vez mais, curiosamente, grandes comerciantes têm investido consideráveis somas de dinheiro na religiosidade do povo; mesmo sendo, muitas vezes, ateus ou alheios à fé. A descoberta desse promissor “mercado” acabou despertando a atenção também daqueles que vivem da e na religião, como se dissessem: “se os de fora ganham com a religiosidade do povo porque nós, que vivemos de dentro, não podemos também ganhar”? Assim, muitos (não todos), acabaram aderindo ao grande comércio da fé que vemos hoje."
A páscoa é uma festa “estritamente” judaica. É mais que uma festa: é um sacramento (ordenança) do judaísmo, instituído em Êxodo 12:1-28/43, para comemorar a libertação da escravidão do Egito (Dt 16:1-3) e o livramento da décima praga: morte dos primogênitos Egípcios (Ex 12:27).
Judeu comemorando a Páscoa é coerente; é até obrigatório, pelo caráter sacramental envolvido, mas Cristãos insistindo em comemorar o “sacramento judaico” é no mínimo engraçado.
Claro que muitas transliterações têm sido sugeridas, com o objetivo de “cristianizar” a festa judaica, mas isso não justifica a comemoração. Não existe na Bíblia nenhuma recomendação para que os cristãos comemorem esse sacramento do Velho Testamento. Será que essa insistência dos religiosos cristãos não é motivada simplesmente por fins comerciais? Uma resposta inconsciente aos apelos consumistas?
A páscoa (que comemorava a libertação e a nova vida) foi substituída pela Santa Ceia ou Eucaristia (Lc 22:14-27; I Cor 11:23-28), que comemora a ressurreição de Cristo (o cordeiro Pascal da páscoa do Velho Testamento era uma prefiguração do que aconteceria com Cristo), e a circuncisão (que era o rito externo de entrada no povo de Deus, no Velho Testamento) pelo Batismo (Mt 28:19, Col 2:11), que igualmente é um rito de entrada na igreja visível do Novo Testamento.
Paradoxalmente, muitos cristãos não fazem a menor questão de observar esses dois novos sacramento INSTUÍDOS PELO PRÓPRIO CRISTO, para sua igreja observar: Batismo e Santa Ceia ou Eucaristia.
Se você é Cristão, nunca deseje Boa Páscoa a outro Cristão, ele não tem nada a ver com essa comemoração!
Assinar:
Postagens (Atom)